Nostalgeek - Mortal Kombat II

Novo quadro na GKBR! Como o nome já entrega, no Nostalgeek vamos falar sobre os jogos que marcaram nosso passado: aqueles que não tinham como salvar, que era preciso assoprar pra fazer funcionar, aqueles que a mulecada da rua se reunia e ficava revezando... Enfim, aqueles games que sempre terão um lugar especial em nossos corações. Mas chega de viadagem e prepare-se para muita pancadaria, sangue e mutilações, porque nesta estreia vamos relembrar Mortal Kombat II. TEST YOUR MIGHT!

Em 1992 foi criado por Ed Boon e seu comparsa John Tobias o primeiro jogo de uma das franquias de luta mais aclamadas e populares de todos os tempos: Mortal Kombat. Em pouco tempo se tornou a referência máxima para o gênero (me desculpem os fanboys de Street Fighter), é conhecido hoje em dia por dez entre dez gamers e só quem já apanhou muito do Shao Khan mas no final retalhou o maldito como se fosse uma folha de papel sabe como é gratificante a sensação. O jogo foi lançado originalmente pela Midway apenas para os arcades, onde a porrada nos botões comia solta e o som das cotoveladas no jogador ao lado e palavrões enchiam o fliperama. Ah, como era bom esse tempo!

No ano seguinte, a Acclaim fez a portabilidade do jogo para os consoles e o sonho dos marmanjos estava realizado: chutar a bunda dos amigos sem precisar sair de casa. Além do apertar frenético de botões para tentar uma combinação de golpes que imobilizasse o oponente levando a uma Flawless Victory, o que chamava muito a atenção para MK era a brutalidade. Todo ataque rendia literalmente numa chuva de sangue (que desaparecia na hora, mas quem liga?) e os golpes de finalização, os lendários Fatalities, eram a cereja do bolo no final de cada luta. Virar um dragão e engolir metade do adversário ou inflar o oponente até ele explodir? A escolha fica a seu critério.

Bom, fato é: o primeiro Mortal Kombat fez um sucesso absurdo e se tornou um dos jogos de arcade mais populares de todos os tempos, então é óbvio que os produtores não largariam essa mina de ouro tão cedo. Já em 1993, a Midway lança Mortal Kombat II e faz exatamente o que precisava fazer: mantém a mesma formula do anterior, aprimora alguns aspectos e acrescenta outros. Não tinha como dar errado.

Cinco novos personagens jogáveis, além dos já conhecidos do jogo anterior; Novo golpe de soco agachado, além do Roundhouse Kick agora jogar seu inimigo pela tela; Múltiplos Fatalities para cada lutador e os novíssimos Babalities (que transformam seu oponente num bebê chorão), Friendships (interações não agressivas, uma espécie de sarcasmo direcionado aos que achavam o jogo anterior muito violento) e os fatalities específicos de cada estágio, sendo o mais clássico na fase do esgoto, onde o perdedor era jogado no ácido (aposto que você não sabia que a água dos bueiros era tão perigosa, cuidado).

Mortal Kombat II era item fundamental na casa de qualquer um da década de 90 que tinha um Mega Drive ou Super Nintendo e queria reunir a galera pra virar a madrugada comendo pizza e tomando Coca-Cola e porrada virtual. Até hoje é um dos multiplayers mais divertidos que você encontra por aí, mas é bom lembrar que naquela época levava vantagem quem lia a Ação Games e sabia dar o gancho do Scorpion. GET OVER HERE!