Hype - Assassin's Creed Revelations

Integrante novo, quadro novo! Eu sou o Guilherme e o Hype vai ser a parte de reviews do blog. Vamos analisar o que já estiver à nossa disposição sobre os principais jogos que vêm por aí para os consoles e PC, mastigar tudo (não literalmente) e trazer pra você o que realmente importa. Hype, pra quem não sabe, significa expectativa e pra começar o quadro com estilo, vamos falar de uma franquia de grande sucesso nos últimos anos e cujo hype para o próximo jogo está bem alto.

Um breve histórico
Quem jogou o primeiro Assassin’s Creed talvez tenha se decepcionado com a repetitividade e o enredo confuso do game, mas daí veio ACII e todo mundo queimou a língua. Quase três vezes maior, recheado de sidequests, variedade imensa nas missões, uma história muito mais rica e várias outras melhorias fizeram o jogo da Ubisoft ganhar muitos prêmios de Game of the Year (não consegui encontrar a informação exata, mas foram muitos mesmo). Menos de um ano depois foi lançado Brotherhood, e apesar de adicionar ainda mais elementos e dar continuidade à história (inclusive aquele final insano) deixou alguns fãs revoltados por ser muito curto. Mas o grande lance mesmo de Brotherhood foi o multiplayer. Tem suas falhas, claro, mas foi muito inovador, divertido, viciante e adicionou toneladas ao fator replay do jogo. Quem jogou o multiplayer e não gostou, é porque não deu chance pra aquilo crescer em você. Problemas de conexão, demora infinita pra encontrar partidas, matchmaking injusto que muitas vezes te coloca pra jogar com gente de nível bem superior. Esses fatores talvez tenham afugentado alguns jogadores, mas quem jogou e levou muita surra (eu, por exemplo), pegou o jeito e acabou gostando bastante do negócio.
Revelations é o quarto jogo da série (desconsiderando os exclusivos para portáteis) e promete preparar o terreno para o final derradeiro, o final dos finais: Assassin’s Creed III. A história em Revelations segue elétrica e dessa vez os três protagonistas - Desmond, Ezio e Altaïr – serão jogáveis, cada um em seu tempo. Assassinos versus templários, relíquias sagradas, fatos históricos reais e fictícios, tudo isso mesclado habilmente e carregando a promessa de conter muitas REVELAÇÕES (sacou? revelations, revelaçãos, hã hã).
Dia 02 de setembro, um dia antes do início da fase beta do multiplayer, abro minha caixa de emails e me deparo com isso aqui:

Depois de ler “only the most dedicated fans are being invited” confesso que fiquei honrado. Baixei os 2.7GB, fui tentar jogar: erro no servidor. Aí precebi que ainda era dia 2 e não tinha jeito: teria de esperar mais de 20 horas pra poder testar essa belezinha exclusiva. Esperei e o que descobri foi...

É mais do mesmo, porém melhor!
Tudo que se tem a fazer pra melhorar algo que já foi feito é aprender com o anterior o que deu certo e o que não deu, adicionar novas ideias, tentar melhorar o conjunto e tornar a experiência, no geral, mais justa. Dá pra perceber no beta que foi isso que a Ubisoft tentou fazer, apesar de ainda ter falhado em alguns pontos.
A ideia geral é o seguinte: você e todos os outros jogadores são agentes da Abstergo, ou seja, templários em treinamento. As partidas são monitoradas pela empresa e seus esforços são recompensados. Quanto mais habilidoso na arte do assassinato você for, melhor será sua evolução e suas habilidades.

Então não pense que é só sair pelo mapa correndo atrás do seu alvo. Pra se dar bem, você tem que se comportar como um assassino de verdade. Ou melhor, um assassino de verdade dentro do jogo, pois não existem assassinos de verdade. Ou existem e vivem em segredo assegurando o futuro da humanidade? Enfim, os jogadores são incentivados à serem cuidadosos e perceptivos. Ao encontrar seu alvo, haja normalmente, se aproxime com cautela, quanto mais “invisível” melhor. Ao mesmo tempo, quando um inimigo se aproxima, você começará a ouvir sussurros, e aí meu amigo, é melhor pensar rápido numa estratégia.
Os modos de jogo continuam os mesmo do Brotherhood com a adição do Deathmatch, meu preferido, no qual o mapa é bastante reduzido e a “bússola” que mostra a localização do seu alvo é removida. Você tem a imagem de seu inimigo na tela, e quando o encontra no mapa, o contorno da imagem se acende mostrando que aquele é realmente seu alvo. Esse modo é interessante porque mais que qualquer outro, força os jogadores a se comportarem de forma sutil. Lembrando sempre que quanto mais pessoas você matar, mais pessoas terão você como alvo, aí o jogo esquenta.
Os três mapas disponíveis no beta são localizados no Oriente-Médio, portanto a fotografia é bem amarelada e poeirenta, o que nos remete ao primeiro Assassin’s Creed. Não tenho certeza se todos os mapas no jogo serão assim, mas espero que haja uma variedade maior, eu particularmente não gosto dessa paisagem. Os gráficos e animações dos personagens também foram melhorados, dando ainda mais detalhes ao jogo.

Mas infelizmente...
O multiplayer de Revelations herdou alguns dos pontos fracos de Brotherhood. Como já disse, os problemas de conexão continuam. A dificuldade de entrar em partidas ainda é bem grande. Fiz alguns testes aqui e a média foi de 3 minutos, sendo que muitas vezes passa da marca dos 5 minutos e o jogo retorna um erro dizendo que não há nenhuma partida disponível. Espero que esse problema esteja apenas no beta, porque quem jogou o multiplayer do jogo anterior sabe como é frustrante ficar mais tempo esperando pra encontrar uma sala do que na própria partida. Outra coisa meio chata é o desbalanceamento do jogo, que coloca gente mais experiente pra jogar com iniciantes, mas nesse caso tudo bem, porque a beta tem uma duração muito curta e todos estão em níveis semelhantes. Ainda assim, veja um exemplo na imagem:

A diferença entre o primeiro e o segundo colocado (eu, no caso) é imensa, enquanto do segundo colocado para os outros o jogo está bem mais equilibrado. Obviamente, o vencedor nesse caso é um jogador bem mais experiente que todo mundo, mesmo eu tendo matado o mesmo tanto que ele e morrido duas vezes menos. Esse exemplo também mostra que o importante não é matar, é como você mata. Escapar de um perseguidor ou mesmo pegá-lo desprevinido também te dão bônus importantes para a pontuação final.

Chega logo, Novembro
No geral, fiquei bem contente com o multiplayer. A essência que o consagrou como um dos melhores e mais inovadores multiplayers ainda está lá, só que ainda melhor. As novas habilidades, funções, personagens e mapas também agradam. E quanto aos problemas, é torcer pra Ubisoft melhorar o que conseguir e, no caso de não haverem melhoras, ter um pouco de paciência, porque no final vale a pena.
Essas foram as minhas impressões da beta multiplayer disponível de 3 a 11 de setembro apenas para quem recebeu o código ou usuários da PSN Plus. Assassin’s Creed Revelations tem previsão de lançamento para o dia 15 de novembro e se eu fosse você não perdia por nada.